Procissão
Letra: António Lopes Ribeiro
Intérprete: João Villaret
Tocam os sinos da torre da igreja,
Há rosmaninho e alecrim pelo chão.
Na nossa aldeia que Deus a proteja!
Vai passando a procissão.
Mesmo na frente, marchando a compasso,
De fardas novas, vem o solidó.
Quando o regente lhe acena com o braço,
Logo o trombone faz popó, popó.
Olha os bombeiros, tão bem alinhados!
Que se houver fogo vai tudo num fole.
Trazem ao ombro brilhantes machados,
E os capacetes rebrilham ao sol.
Tocam os sinos na torre da igreja,
Há rosmaninho e alecrim pelo chão.
Na nossa aldeia que Deus a proteja!
Vai passando a procissão.
Olha os irmãos da nossa confraria!
Muito solenes nas opas vermelhas!
Ninguém supôs que nesta aldeia havia
Tantos bigodes e tais sobrancelhas!
Ai, que bonitos que vão os anjinhos!
Com que cuidado os vestiram em casa!
Um deles leva a coroa de espinhos.
E o mais pequeno perdeu uma asa!
Tocam os sinos na torre da igreja,
Há rosmaninho e alecrim pelo chão.
Na nossa aldeia que Deus a proteja!
Vai passando a procissão.
Pelas janelas, as mães e as filhas,
As colchas ricas, formando troféu.
E os lindos rostos, por trás das mantilhas,
Parecem anjos que vieram do Céu!
Com o calor, o Prior aflito.
E o povo ajoelha ao passar o andor.
Não há na aldeia nada mais bonito
Que estes passeios de Nosso Senhor!
Tocam os sinos na torre da igreja,
Há rosmaninho e alecrim pelo chão.
Na nossa aldeia que Deus a proteja!
Já passou a procissão.
O passo a passo da Lili
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Depois de cortar o tecido e de o coser é a vez de voltar as partes e depois
de as encher, voltar a coser umas às outras.
Ora vejam...
Se ficam com dúvidas...
Há 13 anos
2 comentários:
Também eu fico encantada a ouvir a Procissão. Recordo com saudade os programas da RTP com o João Villaret e de o ouvir tantas vezes dizer Poesia como ele sabia dizer e é claro de o ouvir na Procissão.Há pouco tempo retransmitiram alguns desses Programas na RTP Memória e foi uma delícia recordar esses Programas que foram transmitidos no tempo da minha juventude e que tanto me agradaram
Fez-me recordar os meus treze anos, ocasião em que assisti a um espectáculo em Angola na cidade de Sá da Bandeira de João Vilaret, intitulado ESTA NOITE CHOVEU PRATA.O meu fascínio foi tal que jamais esqueci tão maravilhosa experiência.Obrigado por reavivar estas memórias maravilhosas.
Antónia
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