25 de outubro de 2008

Uma passagem da crónica da Alice Vieira no Jornal de Notícias a 7 de Outubro de 2008 com a qual concordo a 200%.

"Senhoras donas, por favor!
2008-09-28
Cada país (cada língua, cada cultura) tem a sua maneira específica de se dirigir às pessoas. Mal passamos Vilar Formoso, logo toda a gente se trata por tu, que os espanhóis não são de etiquetas nem de salamaleques.
Mas nós não somos espanhóis.
Também não somos mexicanos, que se tratam por "Licenciado" Fulano. Nem alinhamos com os brasileiros, para quem toda a gente é "Doutor", seguido do nome próprio: Doutor Pedro, Doutor António, Doutor Wanderlei, etc..
Por cá, Doutor é seguido de apelido, e as mulheres, depois de passarem por aqueles brevíssimos segundos em que são tratadas por "Menina", passam de imediato-- sejam casadas, solteiras, viúvas ou amigadas, sejam velhas ou novas, gordas ou magras, feias ou bonitas, ricas ou pobres -à categoria de "Senhora Dona".
Mas parece que uns estranhos ventos sopraram pelas cabeças das gerações mais novas que fizeram o "dona" ir pelos ares ou ficar no tinteiro. Quando recebo daqueles telefonemas que me querem impingir tudo o que se inventou à face da terra-- desde "produtos" bancários que me garantem vida farta, até prémios que supostamente ganhei por coisas a que nunca concorri-sou logo tratada por "Senhora Alice." Respondo sempre: " trate-me por tu, se quiser; ou só pelo meu nome, se lhe apetecer; mas nunca por Senhora Alice".
Mas o cérebro destes pobrezinhos não foi formatado para encontrar resposta a estas coisas, e exclamam logo: "ah, então não é a Senhora Alice que está ao telefone!"
Eu sei que isto não é uma coisa importante, mas que é que querem, irrita-me quando oiço este tratamento dado às mulheres.
Tal como me irrita quando vejo/oiço um jornalista tratar por você alguém com o dobro da idade dele.
É uma questão de delicadeza. De respeito. E de saber falar português. Três coisas-admito-completamente fora de moda...."


O resto da crónica considero propagandista e não transcrevo.É direito meu.

3 comentários:

helia disse...

Boa crónica... Não sei a quantos% concordo com ela porque estou a lê-la pela 1ª vez e ela no blog não está completa. Mas pelo que li é uma análise bem feita...

Anónimo disse...

Obrigado por intiresnuyu iformatsiyu

Anónimo disse...

Infelizmente não posso concordar com a crónica, pois a existencia do termo "dona" era pelo facto de antigamente a mulher ser a dona de caasa e não ter mais alguma profissão. Felizmente actualmente isto já não acontece pois a mulher começou a ter vida própria e lutando pela sua profissional...

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Eu respeito os direitos de autor. E tu?

Obrigado pelo comentário

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