28 de março de 2008

Há que ginasticar o cérebro.

Estive dois dias ausente. Não há meio de me habituar...sempre que os meus filhos partem...ora aqui vai a pontada nas costas; desta vez acrescentada por um fim de ciclo. Quer queiramos quer não, e por pior que lá nos sentíssemos, há sempre a sensação de que este é o último ciclo ainda que, obviamente vá durar muiiiiito tempo.

Mudando de assunto...Já ouviram falar em PENSAMENTO LATERAL? É mais ou menos o que poderíamos ser sem a normalização a que a escola nos obrigou

Pois é muitíssimo interessante. Aqui vai um pequeno resumo:

“Se queres avançar para o infinito, explora o finito em todas as suas direcções”

Goethe

A técnica de pensamento lateral (lateral thinking no original) foi desenvolvida pelo norte-americano Edward De Bono. No essencial, consiste em introduzir em determinado ponto de uma sequência convencional uma provocação gerada pela inversão da forma habitual de fazer as coisas (isto é, aquilo que à primeira vista seria considerado por todos os especialistas como um “disparate”). O objectivo do exercício é explorar a viabilidade dessa sugestão “provocadora”.

O exemplo dado pelo autor (de Bono, 1992) é explícito: suponhamos que a avó Maria não consegue fazer malha porque a neta Matilde de 2 anos de idade não a deixa em paz. Sugestão convencional para resolver o problema: colocar a Matilde dentro do parque infantil. Utilização do pensamento lateral: vamos resolver o problema colocando a avó Maria dentro do parque infantil. É interessante explorar as consequências: no caso convencional, a Matilde iria provavelmente irritar-se e chorar a plenos pulmões, criando um novo problema para resolver. Na solução “provocadora”, a avó Maria pode continuar a fazer malha porque a Matilde não a consegue perturbar, e esta irá procurar outra coisa com que se entreter – a solução “lateral” até parece ter vantagens.

A provocação exercida pelo pensamento lateral e a necessidade de explorar as suas consequências podem conduzir-nos a uma forma paralela completamente diferente de resolver um problema. Mesmo que se venha a demonstrar irrealizável, é provável que tenhamos abordado questões interessantes e gerado ideias para problemas variados que depois poderemos trazer para o nosso universo convencional.

Obviamente, o sucesso do pensamento lateral depende da habilidade do líder (moderador) do grupo em introduzir uma provocação interessante na altura certa. Em regra, os pontos-chave são os mais básicos (se tivermos um diagrama sistémico, os blocos de onde partem mais setas – nós da rede – são pontos óbvios a considerar). Podemos combinar diagramas sistémicos com pensamento lateral para explorar novas dimensões de resolver problemas. Há algumas aplicações informáticas que ajudam neste trabalho, como o Innovation Toolbox da Infinite Innovations, Ltd.

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