31 de março de 2009

A remodelação da Estação do Cais do Sodré custou-nos muitos €€€€ss

O novo Interface de Transportes do Cais do Sodré foi inaugurado este mês e representou um investimento de 2,6 milhões de euros.
As obras deste novo interface iniciaram-se em Janeiro de 2002 e compreenderam a construção de um terminal fluvial, a requalificação da estação ferroviária e arranjos exteriores.

Ficou linda...ora vejam...







E sabiam que...
O Cais do Sodré foi, desde sempre, um local estratégico na cidade de Lisboa, ou não tivesse como vizinho o Rio Tejo.

Na época dos Descobrimentos, a Ribeira das Naus, hoje Cais do Sodré, era o terreiro onde se localizavam tradicionalmente os estaleiros de construção dos navios que se aventuravam por mares nunca antes navegados na época dos Descobrimentos. Aquele foi durante muitos anos o coração da cidade. Hoje o Cais do Sodré continua a ser um local de grande agitação.

À saída da estação, terminal da linha de Cascais, podemos ver a Praça da Ribeira, uma mescla incomparável de cores, sons e odores. Esta zona é também muito característica pelos bares, nem sempre bem frequentados, mas típicos de uma zona que outrora recebia os marinheiros.


Inicialmente esta praça, mais vulgarmente conhecida por Cais do Sodré, (recordando uma família inglesa que na época dos descobrimentos se dedicava ao comércio marítimo) era uma das zonas mais "chiques" da cidade.Espaço arborizado e calcetado com empedrado preto e branco apresenta ao centro a estátua do Duque da Terceira, (grande herói liberal), da autoria de Simões de Almeida.Em 1928, foi construído o edifício da Estação ferroviária - Estação do Cais do Sodré -, e o terminal dos cacilheiros que ligam a cidade à outra margem do Tejo. Perto desta praça encontra-se o Mercado da Ribeira que foi erigido sobre o antigo Forte de S. Paulo onde existia um mercado projectado em 1882 por Ressano Garcia e que havia sido destruído por um incêndio.

(fotos a cores minhas a preto e branco da net. Texto trabalhado a partir de inf recolhida na net)

29 de março de 2009

Primavera (c. 1478) é um quadro de Botticelli

Primavera (c. 1478) é um quadro de Botticelli que utiliza a técnica de têmpera sobre madeira.
Tema imposto, encomendado por Lorenzo di Pierfrancesco de Médici para a Villa Medicea di Castello, representa ao centro Vênus (Afrodite) e filho Eros (Cupido). À esquerda está Clóris, sendo tomada por Zéfiro e a sua metamorfose em Flora, que está ornamentada com vestimentas gloriosas típicas de mulheres casadas da época.
Alessandro di Mariano di Vanni Filipepi, dito Sandro Botticelli (Florença, 1º de Março de 144517 de Maio de 1510), Foi um célebre pintor italiano da Escola Florentina do Renascimento. Igualmente receptivo às aquisições do introduzidas por Masaccio na pintura do Quatrocento e às tendências do Gótico tardio, seguiu os preceitos da perspectiva central e estudou as esculturas da Antiguidade, evoluindo posteriormente para a acentuação das formas decorativas e da atenção dispensada à harmonia linear do traçado e ao vigor e pureza do colorido. As suas obras tardias revelariam ainda um expressionismo trágico, de agitação visionária, fruto certamente da pregação de Savonarola.
Protegido dos Médici, para os quais executou preciosos registos da pintura de cunho mitológico, foi bem relacionado no círculo florentino, trabalhando também para o Vaticano, produzindo frescos para a Capela Sistina. Foi ainda destacado retratista, com talento excepcional de transpor para a linguagem formal as concepções dos seus clientes o tornou um dos pintores mais disputados do seu tempo. A sua reputação, alvo de um curto reavivar de interesse no século XVI, logo esvaiu-se, e somente com o reaparecimento de uma crescente curiosidade pelo Renascimento, registada no século XIX, e, em particular, pela interpretação filosófica das obras, é que a sua arte volta a adquirir o êxito e a fama que mantém até hoje.
(inf da net)

27 de março de 2009

Perspectivas

Todos moram numa rua
a que chamam sempre sua
mas eu cá não os invejo
o meu bairro é sobre as águas
que cantam as suas mágoas
e a minha rua é o Tejo
(fado do CCarmo)

23 de março de 2009

Ramal da Lousã - Coimbra

"A construção do Ramal da Lousã foi oficialmente anunciada por Portaria no reinado de D. Luís I, no ano de 1873. Em 1887 foi concessionada à firma Fonsecas, Santos & Viana uma linha de via reduzida entre Coimbra e Arganil, com passagem por Miranda do Corvo e Lousã. Esta mesma empresa solicita a substituição da via reduzida por uma via larga tendo em mente o possível prolongamento do Ramal da Lousã até à Covilhã, na Linha da Beira Baixa.
Logo no ano seguinte, um segundo alvará atribui a concessão da via à Companhia do Caminho de Ferro do Mondego, que em 1897, declara falência. Os trabalhos de construção do troço de linha entre Coimbra e Lousã, numa extensão de 29 km, tiveram início em 1889 e prolongaram-se por dezassete anos.
A chegada da primeira locomotiva foi comemorada com pompa e circunstância, o dia 16 de Dezembro de 1906 foi de festa para a Lousã, “houve grandes festejos – muita música e muitos foguetes, tendo afluído ali enorme quantidade de pessoas”, como relatava à época o semanário “A Comarca de Arganil”.
No ano seguinte, em 1907, foram feitas as primeiras tentativas de dar continuidade à obra, prolongando a sua extensão até Arganil, objectivo que nunca viria a ser concretizado para além de Serpins, localidade que ainda hoje é o términus deste Ramal.
A inauguração do troço LousãSerpins ocorreu no dia 10 de Agosto de 1930.
A extensão do Ramal da Lousã é de 36,9 km. "
(inf da net)

E, passados 100 anos este ramal continua a funcionar em pleno...um comboio que demora cerca de 1 h a percorrer escassos km, de entre a serra, num espectáculo deslumbrante com paisagens de sonho. Ora verifiquem pelas imagens que recolhi, da janela desta locomotiva, (imagem da net), perante os olhares estupefactos das senhoras que iam visitar o Sr Dr dos olhos ao hospital...




As duas carruagens vão sempre cheias de jovens que estudam em Coimbra e moram nas diferentes vilas e aldeias, pelos moradores dessas mesmas vilas que vão aos médicos a Coimbra, por um pequeno nº de trabalhadores que não utilizam carro próprio e, finalmente, por forasteiros que se prendem de olhares por tão bela região...

A chegada a Coimbra...
É um passeio magnífico por cerca de 2€. Em Coimbra o comboio fica perto do parque nas margens do Mondego.... só visto....porque não experimentam? Façam férias cá dentro!!


Esta é estação de chegada a Coimbra -- Coimbra Parque

E podem sempre ir tomar um refresco nestas belíssimas esplanadas...



Mas têm de ser rápidos pois dizem que este ramal tem os dias contados!! Principalmente se o metro de superficie for para a frente...questão de super celeuma...enfim os interesse do costume ou a falta deles!! Porque será que a obra não avança?

20 de março de 2009

Quem é Henry Moore

Pois claro, quase todos os votantes sabiam que esta estátua foi esculpida por Henry Moore.

Henry Spencer Moore (Castleford, Yorkshire, 1898 — Perry Green, Hertfordshire, 1986) foi um escultor e desenhista britânico que desenvolveu uma obra tridimensional predominantemente figurativa, com breves incursões pela abstracção.

Filho de um engenheiro de minas, Moore tornou-se conhecido pelas suas esculturas abstractas em grande escala, de bronze fundido e de mármore. Substancialmente sustentado pela instituição de arte britânica, Moore ajudou a introduzir uma forma especial de modernismo no Reino Unido.

Foi influenciado sobretudo pela arte mexicana pré-colombiana, assim como pela arte arcaica e renascentista, pelo Surrealismo e pelo Construtivismo. A essa cultura visual vasta e multiforme do artista soma-se uma sensível capacidade de análise da natureza.

(inf da net)

19 de março de 2009

Global crisis 'to strike by 2030' By Christine McGourty BBC News

Growing world population will cause a "perfect storm" of food, energy and water shortages by 2030, the UK government chief scientist has warned.
By 2030 the demand for resources will create a crisis with dire consequences, Prof John Beddington said.

Demand for food and energy will jump 50% by 2030 and for fresh water by 30%, as the population tops 8.3 billion, he told a conference in London.
Climate change will exacerbate matters in unpredictable ways, he added

17 de março de 2009

Um dia, há muitos anos, ofereceram-me um livro de António Botto

Já fez 50 anos que António Botto morreu...

António Tomás Botto (Concavada, Abrantes, 17 de Agosto de 1897 — Rio de Janeiro, 16 de Março de 1959) foi um poeta português.

A sua obra mais conhecida, e também a mais polémica, é o livro de poesia Canções. Foi amigo pessoal de Fernando Pessoa que traduziu em 1930 as suas Canções para inglês, e com quem colaborou numa Antologia de Poemas Portugueses Modernos.

À memória de Fernando Pessoa

Se eu pudesse fazer com que viesses
Todos os dias, como antigamente,
Falar-me nessa lúcida visão -
Estranha, sensualíssima, mordente;
Se eu pudesse contar-te e tu me ouvisses,
Meu pobre e grande e genial artista,
O que tem sido a vida - esta boémia
Coberta de farrapos e de estrelas,
Tristíssima, pedante, e contrafeita,
Desde que estes meus olhos numa névoa
De lágrimas te viram num caixão;
Se eu pudesse, Fernando, e tu me ouvisses,
Voltávamos à mesma: Tu, lá onde
Os astros e as divinas madrugadas
Noivam na luz eterna de um sorriso;
E eu, por aqui, vadio de descrença
Tirando o meu chapéu aos homens de juízo...
Isto por cá vai indo como dantes;
O mesmo arremelgado idiotismo
Nuns senhores que tu já conhecias
- Autênticos patifes bem falantes...
E a mesma intriga: as horas, os minutos,
As noites sempre iguais, os mesmos dias,
Tudo igual! Acordando e adormecendo
Na mesma cor, do mesmo lado, sempre
O mesmo ar e em tudo a mesma posição
De condenados, hirtos, a viver -
Sem estímulo, sem fé, sem convicção...
Poetas, escutai-me. Transformemos
A nossa natural angústia de pensar -
Num cântico de sonho!, e junto dele,
Do camarada raro que lembramos,
Fiquemos uns momentos a cantar!

(retirado da net)

15 de março de 2009

Trouxe-vos este caleidoscópio da Serra

Quem pintou este quadro foi Frida Kahlo


Quase todos os meus amigos - 90% - acertaram no pintor...Aqui vão dados bibliográficos recolhidos na net

Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón (Coyoacán, México, em 6 de Julho de 1907 - Coyoacán, 13 de Julho de 1954) foi uma pintora mexicana.

Em 1913, com 6 anos, Frida contrai poliomielite, sendo esta a 1ª de 1 série de doenças, acidentes, lesões e operações que sofre ao longo da vida. A poliomielite deixa uma lesão no pé direito e, graças a isso, ganha o apelido Frida pata de palo ( Frida perna de pau). A partir daí começou a usar calças e depois, longas e exóticas saias, que vieram a ser uma de suas marcas pessoais.
Entre 1922 e 1925 frequenta a Escola Nacional Preparatória do Distrito Federal do México e assiste a aulas de desenho e modelagem.
Em 1925, aos 18 anos aprende a técnica da gravura Porém sofre um grave acidente rodoviário que faz a artista ter de usar vários coletes ortopédico de materiais diferentes, chegando inclusive a pintar alguns deles (por exemplo o colete de gesso na tela intitulada "A Coluna Partida". Por causa desta última tragédia fez várias cirurgias e ficou muito tempo acamada. Nessa altura começou a pintar com uma caixa de tintas que pertenciam ao seu pai, e com um cavalete adaptado à cama.
Em 1928 quando Frida Kahlo entra no Partido Comunista mexicano, conhece o muralista Diego Rivera, com quem se casa. Sob a influência da obra do marido, adoptou o emprego de zonas de cor amplas e simples num estilo propositadamente reconhecido como ingénuo. Procurou na sua arte afirmar a identidade nacional mexicana, por isso adoptava com muita frequência temas do folclore e da arte popular do México.
Entre 1930 e 1933 passa a maior parte do tempo em Nova Iorque e Detroit com Rivera. Entre 1937 e 1939 Leon Trotski vive em sua casa de Coyoacan. Em 1938 André Breton qualifica a sua obra de surrealista num ensaio que escreve para a exposição de Kahlo na galeria Julien Levy de Nova Iorque. Não obstante, ela mesma declara mais tarde: "pensavam que eu era uma surrealista, mas eu não era. Nunca pintei sonhos. Pintava a minha própria realidade".

13 de março de 2009

E a Primavera começa já este mês...


As árvores estão e desabrochar...

10 de março de 2009

Quem pintou este quadro foi RENOIR

73% dos meus visitantes acertaram no pintor....quer dizer que havia algumas dúvidas, agora esclarecidas, s/ o assunto...
Aqui vão dados bibliográficos recolhidos na net
Pierre-Auguste Renoir (Limoges, 25 de Fevereiro de 1841 - Cagnes-sur-Mer, 3 de Dezembro de 1919) foi um dos mais célebres pintores franceses e um dos mais importantes nomes do movimento impressionista.
Desde o princípio a sua obra foi influenciada pelo sensualismo e pela elegância do rococó, embora não faltasse um pouco da delicadeza do ofício anterior como decorador de porcelana. O principal objectivo, como ele próprio afirmava, era conseguir realizar uma obra agradável aos olhos. Apesar de sua técnica ser essencialmente impressionista, Renoir nunca deixou de dar importância à forma - de facto, teve um período de rebeldia diante das obras dos seus amigos, no qual se voltou para uma pintura mais figurativa, evidente na longa série Banhistas. Mais tarde retomaria a plenitude da cor e recuperaria a sua pincelada enérgica e ligeira, com motivos que lembram o mestre Ingres, pela beleza e sensualidade.

9 de março de 2009

A crise global - 9 de Março de 2009.

O Banco Mundial prevê que em 2009 a uma contracção economia mundial (que não quantifica). Tal não ocorria desde a II Guerra Mundial. Estas previsões são mais pessimistas que as últimas do Fundo Monetário Internacional (FMI), que antecipa um crescimento económico mundial de 0,5% em 2009. O comércio global registará a maior queda dos últimos 80 anos. Os países em desenvolvimento, em particular os do Leste da Ásia vão ser os mais afectados. Dos 116 países em desenvolvimento, em 94 verifica-se abrandamento económico, e em 43 a pobreza está a aumentar.
Veja a notícia no Jornal de Negócios.

A queda do valor dos activos financeiros em todo o mundo é equivalente a um ano do PIB mundial ($50,000bn) estima o Asian Development Bank. A Ásia tem sido atingida de forma particularmente severa. Os países da Ásia por enquanto não implementaram planos de estímulo económico de dimensão significativa.

Veja a notícia no Financial Times.

(inf da net)

China, essa desconhecida




8 de março de 2009

Dia 8 de Março – Dia da Mulher - Catarina Eufémia uma lutadora

Presto a minha homenagem a todas as portuguesas que no seu dia a dia se levantam ainda de noite para tratar dos filhos, depois vão para os empregos onde trabalham que "nem uns homens" para depois voltarem para casa e reiniciarem as actividades que "nem umas mulheres"... e qdo se deitam, estafanadas, já a casa se encontra de novo em silêncio.


Para ilustrar esta luta pela igualdade de deveres e direitos trouxe-vos a Catarina Eufémia.


"Numa greve de trabalhadores agrícolas, ocorrida em 19 de Maio de 1954 na aldeia de Baleizão, um grupo de camponeses dirigiu-se à residência do patrão. Entre esses trabalhadores rurais, contava-se Catarina Eufémia, grávida e com um filho de oito meses o colo. Entre outras pretensões, reivindicava-se para as mulheres um aumento da jorna (salário de um dia de trabalho) de 16 para 23 escudos, na campanha da ceifa. No entanto, a GNR apareceu, como tantas outras vezes, acabando por intervir duramente. Para além dos tiros para o ar, de intimidação e para dispersar a concentração de camponeses, outros houve que tiveram um destino mais cruel e sangrento. De facto, o tenente Carrajola, da GNR, no caminho do grupo de assalariados para a casa do patrão, matara Catarina Eufémia com vários tiros, que caíra para o chão com o filho ao colo. Este assassinato a sangue-frio foi uma das mais brutais acções do regime de Salazar, causando uma revolta surda e contida entre as massas rurais alentejanas."



Aqui vos deixo a imagem da lutadora para quem quiser levar. É o meu presente do dia da mulher.




( inf recolhida da net).

7 de março de 2009

5 de março de 2009

Exposição - Diálogo de Expressões


AMIGOS

A Galeria Verney e a MAPA têm o prazer de apresentar a 1ª Exposição Colectiva de 2009, "Diálogos de Expressões".

A partir de um painel fotográfico de Neuza Faustino, convidámos 13 artistas de diferentes áreas a realizar uma leitura pessoal da obra. Um desafio desta natureza encerra em si a originalidade de solicitar os artistas à interacção e à leitura mútua, criando dinâmicas interpessoais que ultrapassam o paradigma da criação solitária, para além de concretizar um dos objectivos a que a MAPA-Associação Cultural se propôs desde a sua constituição: congregar artistas de diferentes áreas, idades e percursos, em projectos comuns que os empenhem e mutuamente enriqueçam.

A inauguração será no próximo sábado, 7 de Março, às 16 horas, na Galeria Verney, em Santo Amaro de Oeiras (mesmo ao lado da Igreja, em pormenor no link abaixo).
Haverá música e será servido um beberete

Como sempre, a vossa presença é indispensável. Esperamos por todos. NÃO FALTEM!!!

4 de março de 2009

Os tratos da Guiné por João Carlos Barradas

Logo em Novembro de 1980, quando Nino Vieira derrubou Luís Cabral, a Guiné-Bissau perdeu qualquer hipótese de estabilidade.
Consumada a ruptura entre os dirigentes de origem cabo-verdiana e os líderes guineenses o novo estado ficou ainda mais dependente dos interesses dos vizinhos Senegal e Guiné-Conacri.
Os conflitos étnicos que extravasam as fronteiras coloniais, recrudesceram e, sem quadros nem projectos, a Guiné-Bissau afundou-se ainda mais na miséria e nas rivalidades de uns quantos homens de armas na mão.



( imagem da net escolhida por mim....quem se lixa são estes inúmeros futuros "homens que nunca foram meninos")

Nos últimos anos um Estado sem lei tornou-se presa fácil dos traficantes latino-americanos que transformaram a Guiné-Bissau numa placa giratória do tráfico de cocaína para a Europa.
A entrada em força do dinheiro do narcotráfico num dos países mais pobres do mundo subverteu o que ainda restava das estruturas administrativas e corrompeu sem remédio as forças armadas e a polícia.
As desavenças pelo controlo das escassas receitas que o caju, o marisco ou arroz proporcionavam, os confrontos pelo lucros de contrabandos e tratos diversos, passaram a assumir um cunho ainda mais virulento.
O enredo do mata-mataAs tradicionais rivalidades entre as etnias da Guiné tiveram nos últimos meses o seu paroxismo no confronto armado entre os homens fiéis a Nino Vieira e outros que juravam pelo chefe do estado-maior Tagme Na Waie.
Não por acaso eram balantas quem apoiava o homem-forte do exército, enquanto as gentes da minoritária etnia papel se mantinham ao lado de Nino.
Em Novembro Na Waie tentou matar Nino e falhou.
Em Janeiro foi a vez de Nino falhar um ataque a Na Waie.
No domingo alguém próximo do presidente matou à bomba Na Waie e em retaliação tropas balantas acabaram com Nino à bala e à catanada.
O mata-mata entrara, aliás, nos lances finais logo em Dezembro, quando Nino perdeu o seu protector de sempre, o presidente eterno de Conacri, Lansana Conté.
A partir de agora a Guiné-Bissau poderá ou não cair outra vez numa guerra civil em larga escala como aconteceu em 1998.
Com o Senegal e o conflito de Casamansa em fundo e tráfico de armas pelo meio, o brigadeiro Assumane Mané tentou, então, aniquilar Nino e o presidente partiu para o exílio.
Mané acabou morto dois anos depois noutro confronto com o presidente Kumba Yalá, mas um dos homens que esteve a seu lado contra Nino, Na Waie precisamente, continuou à frente das tropas, maioritariamente balantas.
Era fatal que, cedo ou tarde, Nino matasse Na Waie, tal como abatera em 1986 outro general balanta, Paulo Correia. Nestes enredos ninguém esquece quem mata e dá a matar.
Ou, então, era de esperar que Na Waie matasse Nino.
Acabaram por morrer os dois.

A coca em fundo Agora, é possível que tudo continue a apodrecer e meia dúzia de homens fortes repartam o poder por uns tempos.
É crível que a miséria de milhão e meio de guineenses seja insanável num futuro próximo.
Tudo é possível no meio da desordem, mas certo e seguro é que num estado falhado como a Guiné-Bissau só uma forte presença militar e policial estrangeira que comece por conter o tráfico de droga possa vir a dar alguma credibilidade a qualquer esforço de estabilização.
Mas é melhor não contar muito com isso.
Os tratos da Guiné sempre foram uma coisa brutal.

3 de março de 2009

Ainda o Bugio

Aqui há uns bons anos atrás, talvez uns 15, havia uma lingua de areia mesmo junto ao farol que, foi progressivamente aumentando até que deixou de ficar submersa na maré cheia. No verão passou a ser um porto de abrigo para os velejadores domingueiros, Era um lindo local recatado e cheio de gaivotas!




Não me perguntem como mas, até coelhos lá havia. A certa altura tornou-se tão popular que, ao domingo num barquinho pequeno, até o homem dos gelados lá tentava a sorte.
Belos passeios fiz por lá. Até acampei num fim de semana. E a lingua de areia manteve.se por ainda uns anitos até que, num inverno rigoroso e chuvoso, as águas subiram e a “ilha” como já era desiignada, desapareceu até hoje!!

1 de março de 2009

Sabiam que...o Bugio...


O Forte de São Lourenço do Bugio, também conhecido como Forte de São Lourenço da Cabeça Seca ou simplesmente Torre do Bugio, localiza-se a meio das águas da foz do rio Tejo, na altura da vila de Oeiras, Freguesia de Oeiras e São Julião da Barra, Concelho de Oeiras, Distrito de Lisboa, em Portugal.


O local onde se ergue é um banco de areia formado pelo assoreamento da foz do rio, fruto da dinâmica da confluência de suas águas com as do oceano Atlântico, ao ritmo das marés. Sendo o único da região com a superfície acima da linha de marés durante todo o ano, ficou-lhe a toponímia de cabeço ou cabeça seca. A toponímia bugio pode ser atribuída, entre outras versões, ao francês bougie (vela), devido à semelhança da sua estrutura circular e da primitiva torre encimada por farol, com uma vela acesa sobre o seu castiçal (inf da wikipédia).

smileys smileys smileys

ViVa a PrImAvErA - clique e veja o desabrochar da Primavera. Prima no vidro da janela, aguarde um segundo e clique arrastando o rato pela tela toda, limpando a janela!

smiles
Eu respeito os direitos de autor. E tu?

Obrigado pelo comentário

Obrigado pelo comentário